Como evitar golpes na Black Friday

Por Guilherme Murakami – Especialista em cibersegurança
Num momento em que as compras online seguem na preferência dos consumidores, ainda receosos de sair às compras físicas em meio às incertezas da Covid-19, a Black Friday deve mobilizar, de acordo com o Google, 64% dos brasileiros, dispostos a comprar pela internet. Com a retomada gradual da economia, a expectativa é que as vendas ultrapassem as estatísticas do ano passado, quando a data movimentou R$ 4,02 bilhões em transações no e-commerce, conforme dados Ebit|Nielsen.
Mas, com a aceleração do comércio eletrônico no evento, que só perde em transações de comércio eletrônico para o Natal, também crescem os riscos de fraudes que podem ser da simples venda de um produto inexistente por meio de uma página falsa (phishing) ao vazamento de dados, que podem levar à exposição de informações bancárias, clonagem de crédito e outros golpes.
É o que alerta o diretor da Cipher, empresa de cibersegurança do grupo Prosegur, Guilherme Murakami. “Tanto empresas como clientes devem implementar medidas de segurança para não perder dinheiro nem expor informações críticas que possam levar a outras ações criminosas”, diz o executivo. Ele ressalta que na Black Friday há maiores riscos devido ao maior número de transações no período, mas a prevenção e controle deve ser constante.
Segundo Murakami, com o crescimento das operações remotas, num cenário acelerado pela pandemia, empresas já estão melhor preparadas para se prevenir de ataques e invasões às redes. Mesmo assim, ele acredita que varejistas, especialmente os maiores, podem estar no radar de hackers interessados em dados de clientes, ou determinados a utilizar a imagem da marca atraindo compradores a páginas falsas.
Orientações ao consumidor
O especialista ainda recomenda às empresas que orientem o consumidor sobre como fazer suas compras com segurança e aproveitar os descontos sem correr riscos. Ele sugere algumas iniciativas ao consumidor final, que acaba sendo a vítima preferida das táticas de Engenharia Social:
- Desconfiar de promoções milagrosas – antes de clicar num produto com preço muito abaixo do marcado, faça comparativos em lojas confiáveis e sites de cotações reconhecidos;
- Checar se a plataforma de e-commerce escolhida para a transação tenha um selo de segurança – normalmente representado pelo símbolo cadeado, comprova se uma se a página é de fato a oficial;
- Conferir se está navegando em tráfego seguro – em sua grande maioria, endereços de sites seguros iniciam com https;
- Cuidado com promoções via e-mail, SMS e WhatsApp – se receber alguma oferta irrecusável, diretamente no dispositivo pessoal, não clique no link antes de validar a URL (um número ou letra trocados podem levar a uma página de phishing).
Fonte: Capital Informação – Assessoria de Imprensa – Cipher Para mais informações, acesse www.cipher.com.